É curioso como a relação entre
nós e o desconhecido se desenvolve. Temos medo daquilo que não conhecemos, e
este é um fato inegável. Olhamos para frente, e não enxergamos um palmo
adiante. Porém, na essência de tal medo, temos uma curiosidade inerente. Uma
curiosidade para com o mistério; uma curiosidade que nos motiva a dar um passo
no escuro, mesmo com as pernas trêmulas. Porque somos movidos pelo que não
conhecemos e por nossa curiosidade em desvendar os mistérios que nos cercam. Um
passo adiante, na esperança de que o medo se transforme em êxtase e euforia.
Um passo adiante, na esperança de descobrir maravilhas.
E assim é a nossa relação com o
desconhecido. O porquê de eu estar falando sobre isso? Ora, não finja que não
entendeu. Tu me és desconhecida, e por mais medo que eu tenha, tal medo não me
tira a sensação de que devo dar um passo adiante. Aqui, escrevendo este texto
poético, sinto minhas mãos trêmulas, como se eu estivesse dando um passo no
escuro. Mas sabe como é, né? No mistério que você é para mim, sei que
encontrarei maravilhas.