domingo, 6 de dezembro de 2015

Teu Corpo

Meu Pai, abandonado fui ao relento da noite. Sob as nuvens cinzentas que cobrem o céu enegrecido, meu sangue ferve de vontade. Vontade de vê-la, sem teus anseios. Vê-la, em seu corpo esculpido por Deus, em beleza natural, em estado natural.

Meu Pai, abandonado fui ao relento da noite, e agora sou castigado, me acabando em meus anseios, perecendo em meus desejos. Por que, Meu Pai?

E assim é teu corpo, Senhorita. Fora feito por mãos divinas. Fonte de desejo. Fonte de anseio. Fonte de delírio. Fonte de fantasia. Fonte de curiosidade. Fonte de poesia.

F.C. Neto.

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